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Column #45 | PT

Author: Isaque Argolo | Creation Date: 2022-12-12 14:42:41


Data providers: Isaque Argolo.
Não será difícil realizar essa análise, pois não é muito sobre o que comentar sobre as performances da seleção brasileira na Copa do Mundo 2022. O Brasil realizou um Campeonato Mundial com performances niveladas por baixo e irregulares, sempre alternando em tempos. Antes do desastre da partida contra Camaraões — e eu ainda acreditei que, mesmo jogando mal, o Brasil venceria aquela partida —, o Brasil apenas jogava bem no segundo tempo das partidas, sendo que não foi tão esse o caso contra a Suíça.
Seguindo para a próxima fase, houve a partida contra a Coréia do Sul, uma partida que eu esperava mais da equipe asiática. Não ao ponto de vencer, é claro, mesmo essa sendo a Copa do Mundo das surpresas, porém na questão de apresentar um embate mais perto do equilíbrio. As táticas da Coréia do Sul não funcionaram, pois quiserem apresentar um jogo mais igual, não tão defensivo e até mesmo com mais espaços. No primeiro tempo, a seleção brasileira foi um verdadeiro tsunami, parecia que qualquer chegada ao ataque seria um gol. Dessa vez, alternaram os tempos, e o segundo tempo foi bem abaixo.
A partida contra a Croácia foi um enredo já muito bem planejado. Era notório que a Croácia apresentaria um estilo mais lento, calmo, cadenciado; planejando diminuir a velocidade da partida. Eles, ademais, buscariam apenas por poucas chances. Na primeira metade, o corredor de escape foi por meio de Juranović, que teve um excepcional first half.
Na segunda metade, as coisas já mudaram. Por mais que Rodrygo tivesse entrado muito bem, não entendi o motivo do Vinícius Junior ter saído. Não sei se foi uma questão de ele ter sentido algo muscular ou por opção técnica. Caso tenha sido opção técnica, é um completo absurdo essa substituição. Raphinha, mais uma vez, não jogou o esperado. O right winger foi muito abaixo nessa Copa do Mundo. Como já havia escrito antes, Anthony deveria ter sido a principal escolha já na fase de grupos, e provou isso contra a Croácia. No lado esquerdo da Croácia, Anthony causou danos ao sistema defensivo, ao contrário de Raphinha.
É impressionante como a Croácia consegue levar suas partidas até o extra-time, e sempre lutando para não morrer no torneio.
Por meio de uma série de combinações da grande estrela brasileira, Neymar, e seus companheiros de equipe, o Brasil marca o seu gol no fim da primeira metade do extra-time. Depoi disso, é claro, a Croácia teria que modificar seu sistema defensivo para suprir o ataque.
Minha análise para o gol da Croácia é a seguinte: é inadimissível uma equipe estar vencendo, querendo o resultado, e ceder um contra-ataque à uma equipe que buscava uma exata bola daquelas. E tudo correu bem para a Croácia, pois até o desvio de Marquinhos foi suficiente para colocar a bola no fundo da rede.
Depois dessa horrorosa apresentação tática, houve outra questão muito comentada: Neymar, o principal cobrador de pênaltis, não cobrar o primeiro pênalti — e nem sequer chegar a cobrar —, mas Rodrygo, mesmo sendo um excelente batedor de pênaltis. Isso é complemente incompreensível, pois os melhores têm que cobrar as penalidades. CONCLUSÃO
Fraca Copa do Mundo da seleção brasileira, não apresentaram regularidade e um bom futebol, porém com performances bem abaixo do esperado. Eu já havia comentado antes que a seleção vinha ganhando, porém não jogando bem, mesmo contra adversários que não fossem equiparáveis ao potencial da equipe brasileira. Contra a Croácia, por mais que eu ache que o Brasil deveria ter passado, pois jogou melhor, pecou em erros e na excelente atuação de alguns jogadores croatas. No geral, foi uma péssima Copa do Mundo para o Brasil.
Ao meu ver, o principal problema do Brasil foi o meio-campo, que não era dominante; que não era criativo; que não era tão sólido; que não era a famosa backbone necessária para a equipe. O Brasil jogava por meio dos wingers, principalmente Vinícius Junior. O posicionamento de Neymar variava, muitas das vezes o meio-campo era composto apenas por Casemiro e Paquetá — o que além de ser um número baixo de jogadores para compor uma área, não possuía atributos suficientes para equilibrar o meio.
Luka Modrić, o excepcional meio-campo croata, mostrou o seu domínio dentro de campo. Estava em todas as partes, desfilava em campo. Começava na posição de full-back para receber a bola e orquestrar o meio-campo. Em combate, ia direto em Casemiro para anular o médio defensivo brasileiro. A Croácia, por meio do seu principal jogador, mandou no ritmo de jogo, mandou no meio-campo. Que partida do Modrić, o astro de 37 anos comandou as ações de sua equipe.
O Brasil foi para a Copa do Mundo com um sistema muito ofensivo — e as maiores provas disso são o sistema apresentado e a grande quantidade de atacantes que foram convocados.
Entre os jogadores brasileiros, destaco o Vinícius Junior, Casemiro, Marquinhos, Éder Militão e Thiago Silva. Rodrygo jogou bem quando entrou.