A ZSENIÁLIS ORTH
Este artigo é dedicado em homenagem à memória do Sr. György Orth.

As pessoas não sabem o que é a verdadeira arte do futebol. Ao longo da história, alguns jogadores — e esses considerados verdadeiros herdeiros de Rastelli — puderam encantar o público com suas jogadas que fazem cada espectador perguntar-se: como ele fez aquilo? São jogadores únicos, que provocão entretenimento de alto escalão ao público. Às vezes, quando não estou escrevendo as linhas para este site, eu volto no tempo e vejo videos de Orth jogando e chego à triste conclusão que nada daquele espetáculo será replicado posteriormente, infelizmente. Orth fazia truques malabarísticos inigualáveis por conta de sua técnica única, precisa, tão elegante e refinada ao mais perfeito aspecto dessa gloriosa característica futebolística. Com apenas alguns truques, um toque confiante em uma situação quase que inexplicável de ser resolvida, em apenas uma fração de segundo, o ápice do futebol, Orth, levanta o mais cético dos espectadores para aplaudir seu movimento.

O mais astuto oponente mantém-se fraco, com pouca capacidade de resposta, pois nada ele pode fazer com um plano, uma orquestra já arquitetada pelo mestre Orth, momentos antes de sequer a jogada ser executada. É impotência, a falta de capacidade em contar as ações ofensivas do epitome futebolístico húngaro são claras nos olhos de até mesmo dos mais experientes, os mais táticos marcadores de seu período. Orth não pode ser mapeado; Orth não pode ser parado; Orth é uma força capaz de decidir o rumo das partidas conforme à sua vontade, o seu desejo. Em seu ápice, não houveram semelhantes. Sobre os defensores que tentaram marcá-lo, o medo, a insegurança podem ser vistos em seus olhos.